terça-feira, 28 de agosto de 2012

Lei Seca

 Artigo feito por mim em cumprimento das exigências da disciplina Instituições de Direito Público e Privado - IDPP.
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Lei Seca: O útil inutilmente criado para a inaplicável aplicação

 

O assunto supracitado alude à questões que permeiam os mais diversos e peculiares debates. Uma Lei criada para conter ou até mesmoo findar (insone utopia) os índices de acidentes acometendo motoristas; ciclistas; pedestres; crianças nas calçadas e etc; devido ao uso indevido e exacerbado de bebidas alcoólicas ao volante ou, em alguns casos, ao guidon.
 Com o ímpeto de sua criação, gerou-se grande alarde entre a população, usuários eventuais - ou até diários -, de bebidas alcoóliocas, o comércio e até a indústrica 'alcoólica'.
 Para alguns, em deveras minoria, utiliza-se o método "o motorista da rodada", onde pondera-se quem, dentre o grupo de amigos, não fará a ingestão de bebidas alcoólicas e que deixará cada um dos outros "ingestores" em suas respectivas casas.
  O comércio, preocupado com a queda no consumo de bebidas, prôpos algo consideravelmente enternecente: o "motorista solidário", colaborador do estabelecimento que, estritamente, deve deixar o consumidor "levemente" alcoolizado em sua residência.
    Entretanto, elucidou-se questões relativamente brandas a respeito do assunto.
  Percebe-se sempre em noticiários e reportagens, gravíssimos acidentes envolvendo motoristas embriagados... Acidentes estes que, em grande parte, levaram a óbito. Os infratores, claro, estão todos presos, ou foram devidamente penalizados!!!
    Ledo engano!
    Reside aí o pi, o alfa e o beta da questão.
   Entre paradoxos e discrepâncias da lei, a cada dia, a situação se agrava... Testes não se tornam obrigatórios; testemunhas mal são ouvidas e pouco pode se fazer quando os infratores estão alocados nas classes A e B.
    Uma efetiva resolução a curto prazo faz-se desconhecida. E é, talvez, díficil ter-se apego a uma lei por vezes tão claudicante.
    Deveria-se apenas se aplicar melhor o Art.5 da Constituição e, ao mesmo tempo, vicejar por uma melhor aplicabilidade: a punição justa aos infratores, pois, o pecúnio por si só apenas alimenta a maquina, mas não lubrifica suas engrenagens.
    Clama-se que em um futuro próximo possa se proferir menos por medidas e por ações. A sociedade quer apenas justiça, atos exequíveis e válidos e que não onerem mais o interno perfurado por injustiças da sociedade cidadã e comiserada.

Jonatan Mendes.

    


    
    
     

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A Paixão Segundo/Seguindo a mim.

Dream Caused by the Flight of a Bee around a Pomegranate
Salvador Dalí

Venho, querendo...
Baixa, algoz que só...
Só, que deu dó...
Dó, do lado de baixo...
Baixo, do tiro ao alto...
Alto, da esfera comida...
Comiserada pois, pelo fogo...
Fogo, que sei suando...
Suor, que sai batendo...
Batendo, que nem segundos...
Segundos, enternecentes ao nú do olho pudico...
Ponderado, se desfez...
Re-fê-lo, condizendo...
Fazendo, só que salto...
Fulguras, óh que vil!
Servil, que foi seguindo...
Seguindo, segundo a mim...
Minado, carinho foi...
Fui, vendo... reju-veneno.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A Sexualidade das Coisas


- Andei, procurando.
- Pelo que? – indagou o sexo.
- Pelo vento esmiuçante remanescente da realidade.

Girafa em Chamas - Salvador Dalí
Por demais, andei, pois, procurando. O postulado nunca foi suficientemente forte para mitigar a dor funda do raso do cerne ardente da atmosfera póstuma do ser que pensa de imediato. Pensou? Então ardeu! Passe gelo, anchovas e macadâmias. Será útil? Se será, sei lá se foi pois, não pensei.
Pernas cansadas... Falanges em atrito com aquela disfunção serena do martelo que pulsa, pulsa, pulsa, pulsa... Cansei!
- Casou-se de que?  - perguntou-me A Coisa, sem que eu fosse algo ou quaisquer resquícios de alguma coisa.
- Da normalidade cubista do surrealismo das ações destes bestiais aboriginalizados e normais. – murmurei com rouquidão para defender-me do pulso (lembra?).
Oriundidade, pois, que sei lá de onde veio. Tudo veio de tudo? Como pode isso?
Meu querido Kardec, creio, deve ter brincado comigo pois, que espírito é esse? Tão palpável e incomensurável, que chega a coçar-me o afã do ventre que não possuo. Mais parece advir de diretrizes cômicas, politeatrais.
São tantos corolários, que me perco em tanta verossimidade.
Verossimidade? – gargalhei!
Cada um é cada um; cada um é “nada”; cada qual  é qualquer cada; nenhum é cada coisa e que coisa é cada um, não?
- Ôh Coisa! A normalidade cansa; estranha; entorpece; dilubria; ensaia; adormece e conflui. – gritei!
- Por que toda essa rebeldia? Onde andará sua sexualidade; sua sexocausualidade; sua sexonormalidade e sua sexodepricialidade? Sua contumácia o abstém demais. Acha que tantos  radicais e prefixos existem mesmo? Hetero-, homo-, poli-, , (risada irônica). Uma ova! Acredito sim em fobia, necro, morfo, algia e, claro, no auto.
Apenas sorria! Estamos todos sendo roubados.
- Andei... Para o céu olhei. De repente, passou... A vida? A Coisa?
Não, o desespero daquele que, sublevando-se, achou a porta. Só a porta? Como abri-la? (medo)
Gargalhou por horas o espírito.