Vejo borboletas passando por mim muitas vezes ao dia e confesso que isso é algo que me intriga, pois são tão serenas em sua simplicidade que me enoja ser tão intríseco e complicado.
Suas cores são tão vivas, parecendo nem serem necessárias por se viver o pouco que se vive.
Porque não existir apenas com o cinza, que é a mescla certa e confusa de trevas e resplendor... Para que colorido, se só nos faz sofrer essa multidão de pétalas que só confundem.
Colorir-se é desnecessário. É melhor já nascer pintado. Há um caos pior do que já nascer com cores voluptuosas?
Suas asinhas com cores marcantes me arremetem a pensar.
As borboletas às vezes passam por mim dando piscadelas, assovios, querendo que eu voe com elas.
Porque?Voar mais ainda? Há rasante melhor do que o pensar, que nos leva à um lugar de infinitos pensares indiscretos?
Flutuar já me causou fádiga. Para que pensar tanto? Um dia se caí e então não se quer mais pensar.
É bem melhor pensar não voando, do que voar e não apertar o crânio com os dedinhos primeiro, indagando-se.
Tiras os pés do chão é desnecessário, mas apenas estivermos descalços de uma vida. Com os pés no chão é mais fácil desvincular-se de asas que nunca lhe abrigaram o bastante; para não falar em esquecimento.
Em suma e diga-se de passagem, acho que vou vender pensamentos e viver das asinhas esquecidas com os ventos que tocam o chão e o apedrejam..
Bem melhor assim, do que viver de assovios.
Mas sempre vamos precisar de um tapa nas costas!
k
ResponderExcluirEnfim, em sintese posso dizer, orgulho em ter vc presente na minha vida, esse texto escrito por vc, me faz voar em pensamento para o mais proximo possivel de alguem que amo!
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