domingo, 31 de maio de 2009

Vida vai; passarinho.



Algumas vidas se juntam... Algumas vidas se separam... Algumas vidas se perdem... Algumas vidas se ‘nada fazem’.

A vida para mim às vezes é apenas mais um mergulho naquelas lembranças tardias que você teve ao morrer em piscadelas.

A vida para mim às vezes é apenas um vômito meu cheio de coisas boas e de que nada valem sem as pessoas certas que sejam maldosas o suficiente para absorverem as coisas boas que nunca enxergam.

A vida para mim às vezes é um conto... Apenas um conto cheio de segredos escondidos na distração do falatório alheio, ou apenas contos vazios, mas cheios de incorporações de falsos testemunhos de que muito valem para quem é sempre uma farsa de si mesmo, ou talvez uma cópia de si mesmo que já foi embora com a noite ou com as baladas de absinto.

A vida para mim às vezes é apenas um campo de batalha cheio de traidores que traem acima de tudo seus corações cheios de vontade de enganar suas próprias vidas cheias daquele vazio mole que endurece o pleno direito de se viver sem ter que enganar a tudo, ou que endurece apenas o direito de nem se lembrar a quem se engana ou o porquê de se enganar.

A vida para mim às vezes é aquele cilindro conve-côncavo por si só que captura a imagem e a desmantela, originando assim, sua imagem pura, nua, sucinta e um tanto quanto desagradável, porque somos desagradáveis em nossa pureza.

A vida para mim às vezes parece ser simplesmente aquele gozo que os outros experimentam por uma noite querendo dizer absoluta e completamente mais um entre muitas noites de pleno prazer pelo ter prazer sem sentir o prazer em si, que é a chama de muitas noites.

A vida para mim às vezes se torna aquela mentira manchada pela vergonha de não se ter uma vida manchada pela mentira de se mentir para quem mente ter uma vida falsamente inventada pelo ‘eu vida’ e não simplesmente vivida pelo ‘eu que sou’, que é um si uma invenção da mentira molhada pelo cômodo.

A vida para mim às vezes é isso: desperdícios dolorosos misturado à pessoas doloridas pela vida marcante desperdiçada demais para se marcar à alguém.

A vida para mim... Sei lá... É bom parar um pouco de pensar e mentir às vezes.



(Jonatan.)

Um comentário:

  1. Adorei esse texto, não sabia que tinha um amigo com esse dom. Tá de parabéns!

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