quinta-feira, 25 de março de 2010

A volta.. Doce volta.

Sempre quis voltar àquele lugar... Ah sim, aquele estaleiro que todos vamos quando somos crianças, e nos lembramos tão bem dos detalhes deste lugar tão conhecido pelas nossas mentes inquietas. Qual é o seu estaleiro? Sim, aquele lugar que você adorava nos primórdios, mas que agora lembra eventualmente, esforçando-se para esquecer.

Quero voltar também à Casa da Mãe Joana! Aquela casa que vamos e nos sentimos como na nossa própria, ou melhor, como se fosse a nossa, mas com certa paz - aquela que não temos no próprio leito.

Porque precisamos sempre voltar? O que é voltar? Voltar... Dissílabo estranho esse.

Voltar é relembrar? pensar de novo, ou simplesmente dar a volta? Sim, dar a volta. Este seria o conceito ideal de voltar. Dar a volta naqueles lembranças mortas que queríamos que fossem reais, mas que não podemos. Não, não podemos!

Porque nem tudo tem volta.. O voltar pode ser maleável, mas é tocável apenas com os olhos, pois o tato não tem volta.. ele não se lembra.

A importância do voltar é a mesma que se dá a algo que não se quer um dia, mas que se quer no outro, depois daquele arrependimento amargo, porém doce nas têmporas incomodadas.


A volta seria a revolta? E a revolta, seria o que? A volta que voltou de um ponto que não se lembra de dar voltas... Revoltantes voltas.

Dar a volta seria apenas voltar de um ponto de que um dia se partiu? Ou partir de um ponto que já se foi? Ou começar de um ponto que sempre volta?

Eu só queria me lembrar, sem dar a volta. E dar a volta, lembrando.

Mas creio que vou partir daquele ponto... Aquele que sou eu, querendo voltar.

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